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sábado, 11 de setembro de 2021

Um outro 11 de Setembro

 

Nas últimas horas tem-se recordado o 11 de Setembro de 2001. Passaram 20 anos, número redondo que, na psicologia humana, justifica a atenção jornalística. Mas deve recordar-se também o 11 de Setembro chileno. Foi há 48 anos. A destruição da democracia e o regresso da ditadura. Lição importante e muito actual: as ditaduras podem renascer. Principalmente se, como diria Voltaire, não soubermos cuidar do jardim democrático. Homens como Jorge Sampaio não se cansaram de alertar para esse perigo político. 

João Maria de Freitas Branco

Facebook 11/09/2021

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

JORGE SAMPAIO -- Evocação no dia da morte

 

Ao longo de toda a sua vida, Jorge Sampaio soube dignificar a Política, enobrecendo o modo de a fazer. Com elevação, com total integridade, com fina sageza, com generosa devoção, com bondade sã. Deixa-nos numa altura em que a sua invulgar capacidade de gerar diálogo faz imensíssima falta no quadro do viver societal, como factor de defesa do espírito racionalista, da cultura iluminista, da ética republicana. Foi o principal arquitecto da primeira “geringonça”, dando a ver que uma unidade de esquerda pode dar bons frutos. Foi esse um dos muitos momentos da nossa ampla convergência, justificativa da honra que tive, e tenho, de ter integrado o grupo de trabalhadores intelectuais que publicamente apoiou a sua decisão de se candidatar ao cargo de Presidente da República Portuguesa. Obrigado Jorge!

João Maria de Freitas Branco
Caxias, 10 de Setembro de 2021