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sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Para reflectir


No dia de hoje, dia da tomada de posse do 45º presidente norte-americano, e dadas as presentes circunstâncias históricas, apetece-me recordar aqui, publicamente, uma passagem de um texto epistolar de John Adams, primeiro vice-presidente e segundo presidente dos EUA, escrito endereçado ao pensador político John Taylor:
«Lembre-se, a democracia nunca dura muito. Cedo se desperdiça, esgota e destrói a si mesma».
 A entrada de um individuo como Donald Trump na Casa Branca é expressão do processo de estupidificação em curso, o PEC, e representa o actual triunfo do kitsch, bem como o fortalecimento da mentalidade antidemocrática. Contrariando em parte o alerta de John Adams, a história dos próprios EUA demonstrou que a inclinação suicidária pode ser contrariada no seio da própria democracia através da criação de elites dominantes cultas – bem diferentes das que agora prosperam. Em 1797, na América, assistiu-se à tomava de posse de John Adams como presidente; hoje, decorridos duzentos e vinte anos, vamos assistir à tomada de posse de Donald Trump. Reflicta-se sobre a diferença qualitativa, sobre o decaimento moral, intelectual, educacional, para que possamos agir consequentemente em prol da reconquista de elevação.
João Maria de Freitas-BrancoCaxias, 20 de Janeiro de 2017