Como é
que Donald Trump ainda tem acesso à Sala Oval e ao botão vermelho? Como foi
possível um tão clamoroso falhanço dos sistemas de segurança do Capitólio? Como
se justifica que os insurrectos não tenham sido impedidos de sair do edifício e
não tenham sido detidos? Como se admite que um grupo de amotinadores que tinha
acabado de vandalizar o Capitólio, interrompendo os trabalhos do Congresso,
coração da República democrática americana, tenha sido tranquilamente escoltado
para fora do edifício e deixado em liberdade, sem ter havido um processo de
identificação dos prevaricadores?
Leia-se
o que António Filipe escreveu na sua página do Facebook, relatando um episódio
que presenciou no edifício do Capitólio, durante a visita oficial de Marcelo
Rebelo de Sousa aos EUA:
«Estive por duas vezes no Capitólio de Washington em missões da Assembleia da República. Impressionou-me o exagero securitário do edifício em dias de absoluta normalidade, ao ponto do Presidente da Assembleia da República ter sido obrigado a caminhar umas centenas de metros a pé por não ter sido permitido o acesso da viatura da Embaixada de Portugal. Existe mesmo uma polícia própria do Capitólio (United States Capitol Police). Posto isto, não acredito que fosse possível a invasão do Capitólio sem uma enorme cumplicidade de grande parte das forças de segurança» (António Filipe, deputado do PCP, Facebook, 6 de Janeiro 2021).
Depois de ter tentado levar a cabo um golpe de Estado a partir da Casa Branca, Donald Tump tem que ser imediatamente impedido de exercer o cargo de Presidente dos EUA, devendo ser julgado pelo acto de insurreição.
Com base na letra da Constituição americana (25ª Emenda), as autoridades competentes têm que lhe dizer claramente: You're fired!
JMFB
7/1/2021
Sem comentários:
Enviar um comentário