quinta-feira, 3 de março de 2011
Deolinda - nota de esclarecimento
O juízo crítico que ontem aqui lavrei sobre os Deolinda baseou-se unicamente no que ouvi ser declarado numa emissão do canal televisivo SIC-Notícias por um dos membros do referido grupo musical, pessoa que lamentavelmente não consigo identificar pelo nome. Transcrevi quase literalmente o que foi afirmado. Tudo o que ouvi, e que não passou de algumas curtas frases, deixou-me a nítida impressão de que os autores da cantiga “Parva que sou” temiam as repercussões políticas que se têm vindo a avolumar e pretendiam demarcar-se do movimento de contestação ao Governo que adoptou a cantiga “Parva que sou” como hino geracional de protesto. O que ouvi sugeria haver da parte dos autores alguns receios, talvez fundamentados ou, pelo menos, fáceis de adivinhar nos tempos que correm, e um não quererem assumir o papel de defensores de uma causa política que desagrada aos governantes bem como ao poderio, em geral. O conteúdo das asserções escutadas semeou-me na alma irritação que esteve na origem do texto ontem aqui publicado. Considerando aquilo que de facto ouvi e cuidadosamente transcrevi, tenho a certeza de não ter cometido nenhuma injustiça. Porém, dizem-me que tal não corresponde à verdadeira opinião e atitude das pessoas que compõem o grupo. Se assim for, isso só me pode trazer contentamento. Talvez as afirmações por mim escutadas tenham sido descontextualizadas, como não raras vezes acontece na edição de algumas peças televisivas. Isso pode ter-me induzido em erro. Se tiver sido esse o caso, se me tiver enganado, fico muito satisfeito e apressar-me-ei na apresentação de desculpas aos visados pela crítica.
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