Je suis Charlie.
É necessário dar uma resposta. Resposta urgente da
civilização contra a barbárie. Resposta em defesa dos valores republicanos da Racionalidade,
da Liberdade, da Amizade tolerante ou da Simpatia, para utilizar sábia
terminologia darwínica.
Mas a resposta, sendo urgente, não pode ser uma reacção
alimentadora do ovo da serpente. Esse é um gravíssimo risco que de imediato
corremos. Não pode ser uma resposta que nos vitime ainda mais, que redunde em
renovado ataque ao que urge defender. Impõe-se que consigamos racionalizar os nossos
sentimentos em face do atentado terrorista ocorrido ontem no coração de Paris,
cidade Luz, das Luzes, e, por isso mesmo, ela própria símbolo maior da Razão
emancipadora, símbolo da atitude que devemos, colectiva e individualmente, enquanto
sociedade (comunidade civilizada) e enquanto cidadãos, assumir e cultivar
ininterruptamente.
Escrevo estas linhas diante da notícia, acabada de chegar, de
uma explosão de origem criminosa numa mesquita, em Lyon, hoje de manhã. Escrevo
também ouvindo opiniões várias em favor de uma resposta policial, militar, e
apoquento-me ainda mais. Será possível que esta barbárie islâmica abra caminho
a outra, a do neofascismo ocidental? Será que os acontecimentos de ontem em
Paris vão fortalecer a Frente Nacional de Marine Le Pene? É isso admissível?
A grande resposta, a resposta premente e absolutamente necessária
tem de ser e só pode ser uma resposta CULTURAL. O terror não se combate com o
terror. E o terror a que ontem assistimos guarda umbilical relação com o terror
semeado pela política externa do ocidente (europeia e americana) no Iraque, na
Síria, na Líbia, etc., com o terror da pobreza, da miséria, do desemprego, da
indecência poderosa ou dos poderes indecentes e imorais, do desprezo pela
cultura. No cerne de tudo está o menosprezo pela Vida. O mal, o grande Mal, estrutura-se
em função e a partir do decaimento do Amor à Vida. O antídoto é a CULTURA – a Escola,
a educação/formação, o conhecimento, o contínuo espalhar de factores de
elevação moral e intelectual.
Je suis Charlie.
João Maria de Freitas-Branco
Caxias, às 11 horas do dia 8 de Janeiro de 2015
É isso mesmo!
ResponderEliminarÉ necessário MANIFESTAÇÕES PELO DIREITO À SOBREVIVÊNCIA!
ResponderEliminar(uma nota: os Nazis-à-USA irão opôr-se -> eles andam sempre à procura de pretextos para negar o direito à sobrevivência de Identidades Autóctones)
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Todos diferentes, todos iguais!...
-> Isto é: TODAS as identidades Autóctones devem possuir o Direito de ter o SEU espaço no planeta!...
-> Uma NAÇÃO é uma comunidade duma mesma matriz racial onde existe partilha laços de sangue, com um património etno-cultural comum.
-> Uma PÁTRIA é a realização de uma Nação num espaço.
Resumindo: os 'globalization-lovers' que fiquem na sua... desde que respeitem os Direitos dos outros... e vice-versa!
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P.S.
-> Nazismo não é o ser 'alto e louro', bla bla bla,... mas sim... a busca de pretextos com o objectivo de negar o Direito à Sobrevivência de outros!
-> Para além dos hitlerianos, existem outros... um exemplo: os 'HOLOCAUSTERS' MAIS MASSIVOS DA HISTÓRIA (na América do Norte, na América do Sul, etc) são precisamente aqueles que buscaram/procuraram pretextos para negar o direito à Sobrevivência de Identidades Autóctones... nomeadamente, e em particular,... aqueles que argumentam que a sobrevivência de Identidades Autóctones prejudica a economia.
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P.S.2.
-> Uma NAÇÃO é uma comunidade duma mesma matriz racial onde existe partilha laços de sangue, com um património etno-cultural comum.
-> Uma PÁTRIA é a realização de uma Nação num espaço.
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P.S.3.
Separatismo-50-50.