Fui convidado para participar,
mais uma vez, no programa radiofónico “Notas de Autor”, na TSF, uma emissão
diária, às 12h25 com repetição às 17h50, realizada em parceria com a SPA –
Sociedade Portuguesa de Autores. O texto que agora aqui se publica é a
transcrição da emissão de hoje, segunda-feira, dia 28 de Setembro de 2015; mas
como habitualmente acontece, em virtude das limitações de tempo, a emissão
editada e radiodifundida é mais curta. Assim, a publicação da transcrição da
gravação não editada permite dar a conhecer na íntegra o conteúdo da minha nota
de autor. O programa também pode ser escutado no site da TSF.
Como é sabido, a minha actividade como autor centra-se na Filosofia, e
esta, tal como a entendo, é em grandíssima medida, ou até essencialmente, uma
reflexão sobre a ciência, sobre o modo como se vai construindo a verdade
objectiva, o conhecimento.
Nesta nota, gostava, por isso, de chamar a atenção para uma efeméride
científica recheada de implicações filosóficas: o centenário da criação da
Relatividade Geral – ou seja, da 2ªparte da Teoria da Relatividade de Albert
Einstein.
Trata-se de um gesto criativo que exprime a mais pura genialidade; tão
genial que até parece uma impossibilidade! A ideia de curvatura do espaço-tempo,
uma nova concepção da gravidade, a ideia de expansão do universo, etc. Coisas
extraordinárias brotando da cabeça de um único homem, ou de um homem único!
Estou a escrever um ensaio exactamente sobre o que considero ser o
contributo da Relatividade para uma visão materialista do mundo, opondo-se a
uma concepção mística/irracional do mistério
– condição do trabalho científico. Recentemente publiquei outro trabalho sobre
Einstein. Um estudo pioneiro sobre a relação entre o pensamento do cientista e
o do nosso filósofo António Sérgio. Intitula-se “Sérgio e Einstein: Aspectos de
uma empatia intelectual” e está integrado num volume editado pelo Centro de
Filosofia da Universidade de Lisboa sobre o Grupo Seara Nova. O título é:
“Proença, Cortesão, Sérgio e o Grupo Seara Nova”. Deixo o convite para que o
leiam.
João Maria de Freitas-Branco, TSF, “Notas de Autor”, 28/09/2015.
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